Transcrever emoções, sentimentos, passado, futuro ou desejos, é viver - ou reviver - tudo o que há de melhor.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Burn, aspidistra! Burn!

Agora eu vou falar a real.
A beleza de tudo está no risco. Isso mesmo, no risco.
Eu não sei por que eu demorei tanto pra digerir isso. É uma coisa que ta MUITO na cara.
Então faça um favor a si mesmo, e não se impeça de viver um grande amor.
Eu sou influenciado o tempo todo. Essa é uma outra coisa muito bela.
Acho que até se equipara com a beleza de correr-se um risco.
Influenciar e ser influenciado. Confesso que as vezes eu queria ser mais normal. Desejar um bom emprego, uma boa faculdade, uma boa quantia em dinheiro e não pensar em liberdade.
Não da pra ter certeza de qual é o caminho certo, mas não quero ser o cara que atropelou o caminho bonito, rasgou a liberdade e escolheu o seguro. Sinceramente eu to pensando em ser o cara que jogou um futuro brilhante pela janela do ultimo andar.

E vem tanta gente me dizer que eu to me precipitando...
Gente que já tomou decisões por mim e tudo, como se o direito da escolha coubesse a alguém mais, e não só à mim.
Estranho ouvir alguém te achando tolo por culpa de um sonho. Estranho mesmo. Eu até entendo a preocupação de algumas pessoas. Só eu sei o que se passa na minha cabeça, e isso me explica muita coisa.
As vezes eu queria que tudo desse certo, e não é só porque eu desejo viver do meu jeito, eu tenho uma vontade enorme de provar que qualquer um pode viver mais livre, e que queimar a aspidistra talvez nem seja assim tão difícil.É loucura saber que é extremamente egocêntrico dizer que te sobra modéstia, mas é assim que é.
Potencial não é uma coisa que venha do berço, isso se adquire com o tempo e com suas escolhas.
Se eu me libertasse eu conseguiria fazer tudo o que me parece bonito, mas não vou mentir e dizer que não tenho medo. Tenho medo sim, e não é pouco. Ainda não consegui encarar tudo, e me falta muita coragem pra bater de frente com metade do mundo. Não que isso machuque muito, mas é extremamente sensível. Difícil de explicar, muito difícil mesmo.

To à beira da decisão certa. Odeio o sensato! E como odeio!
O certo e o sensato são coisas tão distintas!

Arrrgh!

Até essas onomatopéias me descrevem melhor do que as pessoas!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Lovebookmix - Remix version

Mesmo sabendo que isso não é bonito, eu tentei.
Tentei correr minha escrita, joguei na parede, banho Maria por horas, e nada.
Não muda. Só sai assim, e então que continue. Não estagnar já é um começo.


E eu me lembro bem que foi lendo Manuel Antônio de Almeida que eu pensei, pela primeira vez, que eu não ia deixar de lado essa coisa toda de chutar concreto.
Leonardo Pataca é um tipo de Eduardo Prachedes, só que meirinho, e menos, bem menos orgulhoso.

E agora eu não tenho medo de admitir o meu temor, sabe? Admito que tenho medo de admitir, e pronto. Pelo menos não finjo ser protagonista de Laranja Mecânica.

Às vezes cansa, sabe? Mas se é o meu fado, que seja. Só não cai na rotina porque o nome muda. Sempre muda.
Pior é ler algumas coisas por aí. Sinto uma ponta de inveja. Tanta gente sentindo o que eu desejava sentir! É bem chato sentir essas agulhadas no estômago, tendo que segurar pra não regurgitar nostalgia. Mas ta aí. Até que eu agüento bem...

sábado, 5 de julho de 2008

RECANTO DE PAZ

Céu azul cintilante, com algumas nuvens flutuantes, rodopiando sobre o ar, como gigantescos pedaços de algodão. O sol, enfraquecido e escondido entre as nuvens, apenas lança alguns tímidos raios quentes e dourados sobre o solo esverdeado. A grama, tão macia, se estende por sobre o chão, como um tapete natural de ''boas vindas''. Tudo aqui é tão imensamente belo, que meus olhos brilham, ao avistar o horizonte montanhoso, que está bem distante. Caminho sobre a estradinha de pedras escuras, em direção a uma gigantesca árvore, de tronco comprido e muitos galhos, dentre os quais, algumas centelhas de luz dourada do sol, escapam, como se fugissem para alcançar a qualquer custo, o brilho do sorriso irradiante que exibo neste momento. Meus pés quase não sustentam o peso de meu corpo. Ferimentos latejam, em vários lugares, mas mesmo assim, estou feliz. Nunca estive tão feliz. E sigo, rumo ao meu lugar especial.



O vento frio de início de inverno, velho companheiro de jornada, faz minhas vestimentas bailarem sobre meu corpo. E ao chegar aos pés da gigantesca árvore, decido me sentar e descansar. Encosto as costas sobre uma pequena parte lisa no tronco, e minhas costas cansadas agradecem. Minha espada, até então presa em minha cintura, cai sobre a grama, juntamente com minhas mãos, cobertas de hematomas. Esses hematomas... Me doem tanto, assim como todos os ferimentos em meu corpo. Mas esta dor, é um tipo de dor diferente. Uma dor, seguida de uma certa satisfação. Pois sei, que cada um destes ferimentos foram ocasionados por todas as batalhas que combati ao longo do percurso. As batalhas que enfrentei... nas estradas da vida.



Algumas lembranças surgem em minha mente... Lembranças das mais diversas.. Vozes, momentos, cheiros, pessoas... Sangue. Dor. Meu sorriso se desfaz quando vem a minha mente todas as ocasiões em que fui golpeado por alguma espada alheia. Alguns ferimentos formigam, e nem mesmo as pequeninas gotas de orvalho que caem agora sobre meu corpo me fazem esquecer a dor da derrota. Viver não é tão fácil, quanto se dá ao máximo para ser feliz. As vezes, a felicidade tem um preço muito alto, e quase nunca existe a certeza de que tudo ficará bem.



Batalhei, diversas vezes. Contra inimigos bem mais perigosos que qualquer monstro que habite as montanhas. Batalhei contra a dor, contra o sofrimento, contra a inveja, contra a falsidade... Sim, estes sim são inimigos de verdade, inimigos estes que sempre aparecem durante nossa jornada, e que muitas vezes acabam criando morada dentro de nós mesmos. E erguer espada e batalhar contra estes inimigos não é fácil, pois eles as vezes nos dão certezas e evidências que nos parecem tão exatas, que parece impossível seguir nossos próprios ideais e não se levar pela ignorância destas emoções.



Muitas vezes, estas emoções também nos levam ao erro de acreditar que para sermos felizes, e verdadeiros vitoriosos, temos que travar ferozes batalhas contra nossos próprios irmãos em humanidade. Estas emoções nos fazem crer, piamente, que se não impormos nossas vontades sobre os outros, mesmo que a força, não seremos felizes, e não passaremos de ''capachos'' da vontade das outras pessoas. Sim, pode parecer que estou sendo exagerado ao mostrar as coisas desta forma, mas com certeza, se pararmos e analisarmos as situações em que nos deixamos levar por cada uma destas emoções, veremos que as afirmações aqui contidas são verdadeiras. Pois eu digo, que se deixar levar e acreditar que a felicidade só virá com a imposição dos próprios ideais, é uma atitude extremamente errônea e até mesmo, covarde. Sim, pois a verdadeira batalha, aquela que nos representa um real desafio é aceitar cada pessoa da forma como ela é . Ora, se Deus, ou seja lá quem for que nos deu o direito de estar aqui, existindo, assiste a tudo sem interferências, respeitando nossa liberdade e independência, quem somos nós, humanos imperfeitos para acreditar que nosso ponto de vista está mais correto que de qualquer irmão nosso? Quem somos nós para tentar impor nossa própria vontade errônea sobre qualquer um?



Algumas folhas despencam de seus respectivos galhos, com a força do vento, e a luz do sol reflete sobre as superfícies molhadas de orvalho, fazendo com que cada folha tenha a aparência de pequeninas centelhas de luz cristalina. É incrível poder constatar, depois de tanto sofrer, a verdade por trás de cada erro. Quantas vezes não agi exatamente da forma que agora repudio? Quantas vezes não batalhei com meus irmãos apenas em prol dos meus interesses egoístas? Perco a conta... Foram tantas, que sinto um leve mal estar.


“Mas, e agora, 'cavaleiro andante'?” -pergunto para mim mesmo. Agora todas as coisas estão acontecendo de forma diferente. Tudo o que eu sempre desejei está fluindo até mim, lenta e prazerosamente... Cada vez mais. Um simples toque, um pensamento morto, um pássaro que segue seu caminho ao horizonte desconhecido. Tudo o que eu sempre desejei ser, eu serei, e enquanto tiver esta espada, revestida de coragem, nada, nem ninguém vai conseguir me deter rumo ao caminho da felicidade plena.



Muitas vezes, também, me perguntei ao longo de minha existência: O que será esta “felicidade”? Acredito não ser o primeiro a me questionar sobre tal coisa, e acredito também não ser o primeiro a não chegar a um conclusão exata. Mas há uma resposta simples, porém incerta, para esta questão: A felicidade não é exata por que que cada ser tem uma própria visão de como ela é, de verdade. Alguns acreditam ser o amor, outros acreditam ser as riquezas, outros a iluminação espiritual e ainda há outros que acreditam ser os mais diversos prazeres mundanos. Sim, e eles estão corretos em certa parte, certos, pois a felicidade é apenas um estado de espírito, um dos sentimentos aliados nas batalhas contra as emoções destrutivas, e este estado de espírito pode acontecer com qualquer um, em qualquer lugar, mas de formas completamente diferentes. E pode durar muito, como pode durar pouco.



A busca pela “felicidade plena”, que considero o estado de felicidade permanente é o que o animal chamado homem passa a sua existência inteira buscando. Em vão, pois, na grande maioria das vezes, apenas no leito de morte que conseguimos compreender que a felicidade plena é viver. É estar aqui, neste momento, respirando e existindo, apenas tendo o magnífico dom de poder enxergar este lindo céu azul que contemplo neste momento. Deste paraíso em que descanso neste momento, viver não parece tão difícil assim. As coisas parecem mais simples, e ao mesmo temo mais intensas. Incrível como tudo pode se transformar com apenas uma mudança na forma de enxergar as coisas. Magnificamente incrível.



Em breve, estarei mais uma vez sobre o lombo de meu corcel, cavalgando com a espada em punho, vivendo as mais intensas aventuras que as estradas tortuosas da vida conseguem me proporcionar. Mas, por ora, continuarei deitado sobre esta grama tão macia, cuidando dos meus ferimentos, e de minhas cicatrizes. Do passado, apenas tirarei as lições de vida, as lembranças felizes, e os fiéis irmãos e irmãs que me acompanharam, e de alguma forma batalharam em alguma aventura comigo


Lentamente, meus olhos pesam... E já não consigo resistir a tentação de fechá-los. E ainda mais devagar, vou adormecendo, enquanto mergulho em sonhos de um futuro feliz.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A empolgação voltou a me entorpecer. Voltou com força total. Algumas palavras foram o bastante pra me trazer de volta a coragem. Acreditar em si mesmo, em seus sonhos, objetivos e principalmente em suas conquistas, faz muito bem. Traz muita alegria, e atropela fácil os pesares.

Ah! Os pesares... Mais uma decepção. Mais um nome. E agora eu espero poder dar o troco. Acho que é o único jeito de trazer o calor de volta.
O problema, é que por muitas vezes, a pessoa me trai sem saber. Muita gente não sabe o peso que tem pra mim, não sabem como imagino que elas agem, pensam, e muito menos o que espero delas.

No final, é tudo sempre podre. Não chega na metade do que se imaginou. Aí você se levanta, escreve um monte de lixo, e mergulha de cabeça no pomar cimentado (mais uma vez).

quinta-feira, 13 de março de 2008

E então, o que é que vai ser hein?

Só sei que por vezes, me sinto perdido em meu próprio caminho.
Não sei mais se sou o mesmo Eduardo, ou se sou uma criação minha, sabe? Um heterônimo ou coisa que o valha.
Até acho que o velho era pior, mas não posso evitar a saudade que vem me rasgando. Não dá mesmo.

E então, o que é que vai ser hein?

Sou bobão mesmo. Vivo em outro mundo. Quase não suporto ouvir algumas coisas.
Sou um ser entupido de sonhos. E juro, por mim mesmo, que vou me esforçar pra dar certo. É a minha alforria que ta em jogo.

E então, o que é que vai ser hein?

Sei lá. Vai ser isso aí. Tentar até onde conseguir. Até onde minhas unhas aguentarem segurar. Vou jogar na outra loja, naquela onde todo mundo ta caído, desanimado e invejando os pobres coitados da loja principal. Aqueles que no fundo, são os verdadeiros habitantes da lama. Bem no fundo, mesmo.
Olha de novo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

DIA RUIM

A escuridão é quase completa. Como se estivesse preso dentro de mim mesmo, sinto um leve mal-estar. Meu olhar está voltado para baixo, meus sentidos estão entorpecidos. É madrugada nesse mundo de muitas facetas, e só o que consegue penetrar a minha mente é o barulho da chuva que cai pesadamente do lado de fora do meu santuário. Não consigo mergulhar no mundo dos sonhos. Este é apenas mais um dia ruim.

Aquela sensação desconfortável, no interior do meu corpo, me parece insuportável. Meus pensamentos agora mergulham nos milhares de ''por ques'' que tenho a todo instante. É como se cada cada gota de chuva que cai lá fora fosse uma dúvida, que ajudou a formar o grande mar de questões existentes em mim das quais não consigo resolver.
Olho pela janela, e desejo ser dotado de leveza, para poder emergir, junto com o vento, para o alto. Queria subir aos céus e ao infinito, deixando de lado todos os problemas mundanos, deixando de lado, tudo o que eu desejo, materialmente falando, e não me esforço para realmente obter.

A chuva continua a cair, fazendo tocar aquela leve canção inconfundível. Não posso fugir, junto com o vento. Apenas tenho que esperar pela luz da manhã para que chegue ao fim mais um dia ruim.

PAZ, AMOR E EMPATIA

sábado, 19 de janeiro de 2008

SOLIDARIEDADE FALSA

Chega a noite... Ela chega devagar, jutamente com a chuva, tocando minha alma de uma forma que nunhum raio solar jamais conseguiria tocar. Vejo a bela Lua, aquele disco prateado que trasmite uma certa serenidade que a luz do dia nunca conseguiu. Sinto que, mais uma vez, apenas a tristeza, sentimento que é permanente em minha vida, é tudo o que me resta.

Decido andar pelas ruas. Vejo pessoas sorrindo, cantando, outras apenas festejando, algumas comemorando, enbriagadas... Então, uma dúvida vem a minha mente confusa: O que todas essas pessoas comemoram? Será que elas comemoram a limitação das próprias mentes? Será que elas comemoram o quanto são ridículas, por julgarem a todos por uma beleza que ninguém é capaz de escolher se nasce com ela ou não? Ou será que comemoram o fato de que todo o dinheiro gasto com álcool, ou com coisas fúteis, poderiam vir a um bem maior, poderiam vir a ajudar os próprios irnãos em humanidade, que vivem de forma miserável, a terem pelo menos algo para se alimentar no dia seguinte? Será que é isso que cada dessas pessoas sorridentes comemora?

Deixo o vento frio da madrugada tocar meu rosto... É tão incrivelmente estranho observar que apesar de dizerem palavras bonitas, ou quando chegam ao fim de um ano, dizem que querem paz, que querem felicidade... Que querem mais solidariedade para o mundo... Sendo que não levantam os traseiros do lugar aonde estão para fazer alguma coisa! Será realmente certo que se abracem, no final de mais um ciclo solar, desejando solidariedade, sendo que todo o dinheiro gasto em enfeites luminosos por todo o mundo daria para alimentar milhares e milhares de pessoas pelo mundo por meses! É solidario mesmo, vestir-se com os tecidos mais caros, apenas se preocupando se eles são brancos, pois se não forem brancos, não haverá ''paz'' no ano seguinte.. Será que não enxergam o quão ridículos e falsos são ao fazerem tudo isso?

Sinto vontade de gritar tudo isso para que todas as almas desse planeta azul possam ouvir, desejo fugir para o lugar mais solitário do mundo, afim de que possa escapar de todos esses padrões que a auto-nomeada ''sociedade moderna'' me impõe. Desejo desaparecer dentre as nuvens, para me alojar em algum lugar remoto e distante, em que apenas os raios prateados da Lua me alcancem.. Um lugar onde ninguém mais possa ditar regras para mim, aonde possa ter em mãos o pincel e a tela do grande quadro do meu destino...Algum lugar em que eu possa ser realmente feliz...

Desejo que o mundo mude, que as pessoas mudem... Mas, bem lá no fundo, uma terrível verdade de que nada irá mudar ecoa... Sinto falta da infância. Dos dias sem compromisso nenhum, das brincadeiras inocentes, da felicidade que sentia... Sigo andando pelas ruas. Nada muda. E a vida, simplismente, continua como está.

PAZ, AMOR E EMPATIA

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Pra não deixar morrer, aqui!

A paciência me escapa assim que me deparo com o seguinte problema: Hipocrisia.
Puta merda! Não tem como não dar vazão ao ódio. Essa merda extrapola!
Não dá pra comparar com nada. Simplesmente extravasa meu corpo. Não consigo não sentir.

Eu nem ao menos consigo me entender. Fico fazendo analogias imbecis pra não revelar 100% do que quero, e depois fico insatisfeito com isso. A verdade é que minhas palavras, atitudes e sentimentos, dependem e MUITO de terceiros. Isso é o que me fode. Espero um dia arrancar toda essa minha dependência, e cuspir nessa deficiência. Vou até registrar isso.
Não sei como ainda não aprendi a ignorar opiniões, pensamentos alheios e afins. Não é de hoje que isso faz mal à mim. Eu tento revidar, mas não consigo. Não com a mesma intensidade.Variação constante de pensamento e sentimento. E eu quero é ver quem vai conseguir mudar isso em mim.