Transcrever emoções, sentimentos, passado, futuro ou desejos, é viver - ou reviver - tudo o que há de melhor.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

DIA RUIM

A escuridão é quase completa. Como se estivesse preso dentro de mim mesmo, sinto um leve mal-estar. Meu olhar está voltado para baixo, meus sentidos estão entorpecidos. É madrugada nesse mundo de muitas facetas, e só o que consegue penetrar a minha mente é o barulho da chuva que cai pesadamente do lado de fora do meu santuário. Não consigo mergulhar no mundo dos sonhos. Este é apenas mais um dia ruim.

Aquela sensação desconfortável, no interior do meu corpo, me parece insuportável. Meus pensamentos agora mergulham nos milhares de ''por ques'' que tenho a todo instante. É como se cada cada gota de chuva que cai lá fora fosse uma dúvida, que ajudou a formar o grande mar de questões existentes em mim das quais não consigo resolver.
Olho pela janela, e desejo ser dotado de leveza, para poder emergir, junto com o vento, para o alto. Queria subir aos céus e ao infinito, deixando de lado todos os problemas mundanos, deixando de lado, tudo o que eu desejo, materialmente falando, e não me esforço para realmente obter.

A chuva continua a cair, fazendo tocar aquela leve canção inconfundível. Não posso fugir, junto com o vento. Apenas tenho que esperar pela luz da manhã para que chegue ao fim mais um dia ruim.

PAZ, AMOR E EMPATIA

sábado, 19 de janeiro de 2008

SOLIDARIEDADE FALSA

Chega a noite... Ela chega devagar, jutamente com a chuva, tocando minha alma de uma forma que nunhum raio solar jamais conseguiria tocar. Vejo a bela Lua, aquele disco prateado que trasmite uma certa serenidade que a luz do dia nunca conseguiu. Sinto que, mais uma vez, apenas a tristeza, sentimento que é permanente em minha vida, é tudo o que me resta.

Decido andar pelas ruas. Vejo pessoas sorrindo, cantando, outras apenas festejando, algumas comemorando, enbriagadas... Então, uma dúvida vem a minha mente confusa: O que todas essas pessoas comemoram? Será que elas comemoram a limitação das próprias mentes? Será que elas comemoram o quanto são ridículas, por julgarem a todos por uma beleza que ninguém é capaz de escolher se nasce com ela ou não? Ou será que comemoram o fato de que todo o dinheiro gasto com álcool, ou com coisas fúteis, poderiam vir a um bem maior, poderiam vir a ajudar os próprios irnãos em humanidade, que vivem de forma miserável, a terem pelo menos algo para se alimentar no dia seguinte? Será que é isso que cada dessas pessoas sorridentes comemora?

Deixo o vento frio da madrugada tocar meu rosto... É tão incrivelmente estranho observar que apesar de dizerem palavras bonitas, ou quando chegam ao fim de um ano, dizem que querem paz, que querem felicidade... Que querem mais solidariedade para o mundo... Sendo que não levantam os traseiros do lugar aonde estão para fazer alguma coisa! Será realmente certo que se abracem, no final de mais um ciclo solar, desejando solidariedade, sendo que todo o dinheiro gasto em enfeites luminosos por todo o mundo daria para alimentar milhares e milhares de pessoas pelo mundo por meses! É solidario mesmo, vestir-se com os tecidos mais caros, apenas se preocupando se eles são brancos, pois se não forem brancos, não haverá ''paz'' no ano seguinte.. Será que não enxergam o quão ridículos e falsos são ao fazerem tudo isso?

Sinto vontade de gritar tudo isso para que todas as almas desse planeta azul possam ouvir, desejo fugir para o lugar mais solitário do mundo, afim de que possa escapar de todos esses padrões que a auto-nomeada ''sociedade moderna'' me impõe. Desejo desaparecer dentre as nuvens, para me alojar em algum lugar remoto e distante, em que apenas os raios prateados da Lua me alcancem.. Um lugar onde ninguém mais possa ditar regras para mim, aonde possa ter em mãos o pincel e a tela do grande quadro do meu destino...Algum lugar em que eu possa ser realmente feliz...

Desejo que o mundo mude, que as pessoas mudem... Mas, bem lá no fundo, uma terrível verdade de que nada irá mudar ecoa... Sinto falta da infância. Dos dias sem compromisso nenhum, das brincadeiras inocentes, da felicidade que sentia... Sigo andando pelas ruas. Nada muda. E a vida, simplismente, continua como está.

PAZ, AMOR E EMPATIA

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Pra não deixar morrer, aqui!

A paciência me escapa assim que me deparo com o seguinte problema: Hipocrisia.
Puta merda! Não tem como não dar vazão ao ódio. Essa merda extrapola!
Não dá pra comparar com nada. Simplesmente extravasa meu corpo. Não consigo não sentir.

Eu nem ao menos consigo me entender. Fico fazendo analogias imbecis pra não revelar 100% do que quero, e depois fico insatisfeito com isso. A verdade é que minhas palavras, atitudes e sentimentos, dependem e MUITO de terceiros. Isso é o que me fode. Espero um dia arrancar toda essa minha dependência, e cuspir nessa deficiência. Vou até registrar isso.
Não sei como ainda não aprendi a ignorar opiniões, pensamentos alheios e afins. Não é de hoje que isso faz mal à mim. Eu tento revidar, mas não consigo. Não com a mesma intensidade.Variação constante de pensamento e sentimento. E eu quero é ver quem vai conseguir mudar isso em mim.