Transcrever emoções, sentimentos, passado, futuro ou desejos, é viver - ou reviver - tudo o que há de melhor.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Nas entrelinhas da coragem

Ainda ando indeciso quanto a meus planos.


(Confesso que pensei que tudo fosse ficção. Até 2007 e 2008 acontecerem, pensei mesmo ser apenas ficção. Mas eis que surge a dor, minando assim, a esperança de que todo aquele papo de a vida ser séria, era fictício. É um tanto quanto contraditório. O que torna tudo muito mais interessante. De um lado, a existência de situações vistas apenas em novelas mexicanas torna-se iminente, e do outro, a proposta de que uma vida tranqüila e cheia de amor exista torna-se, a cada dia, mais absurda.)


O que anda me irritando profundamente é a minha incapacidade de me expressar, mesmo usando a escrita.
Angústia me cobrindo, mesmo. Espero que escrevendo dessa maneira, meio que vomitando palavras, eu consiga sentir uma pontada de alívio, que seja.
Ando decepcionado mesmo com muita coisa, e muita gente, e não peço a compreensão de ninguém, apesar de ser reconfortante.
Alívio puro seria uma boa pedida. Não sei onde consegui-lo, mas sei que preciso do bendito alívio instantâneo.

Eu deveria estar tranqüilo, afinal de contas, não fui eu quem traí meus ideais e não fui eu quem se tornou o que não era. E felizmente, não pretendo fazê-lo. Por essa e mais outras razões, prefiro estar envolto em lama, que em teus pensamentos e idéias.

Gosto um bocado do meu jeito, e não quero perder isso só pra poder me apoiar nas pernas de terceiros. Gosto do meu humor do jeito que é, e espero nunca chegar a ter que ofender alguém pra ser engraçado, e muito menos diminuir alguém pra me sentir maior.

Acaba sendo patético apresentar características tão descaradamente roubadas.Enxerguei a mudança, e pra mim, houve uma pausa. Não ando mais desse lado, e não pretendo me arrepender.

Aqui a graça está em fazer rir, e não em diminuir.
Piada ingênua e tudo. Amo isso. Amo de paixão.
Minha mão não está estendida, e não pretendo estendê-la.

Encontrei o alívio. Alívio o suficiente pra me curar por uma noite.
E isso me exigiu menos coragem do que jamais imaginei.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Do futuro e outros Demônios

Não sei muito bem o que aconteceu - até aí está tudo normal, eu nunca sei bem o que aconteceu - mas a lembrança veio bater à minha porta.

Todos os meus sonhos - ou boa parte deles - me voltaram à cabeça. O jornalismo. Ah, o jornalismo! Me lembro muito bem que meu coração quase me escapava pela boca quando eu pensava em poder discorrer sobre um certo assunto com total liberdade, e ainda ser bem recebido! Agora eu sequer penso que isso possa ser lido e/ou levado a sério e/ou levado em consideração.

História. Nossa! Quantos imbecís não me perguntaram "MAS HISTÓRIA?" durante aquele tempo? Acho que no fim das contas eles conseguiram me convencer, não é? É, acho que ninguém é assim tão forte.

Foram muitos sonhos, e nossa!, não sei o que seria de mim sem eles. Ainda fazem parte de mim, alguns enterrados um pouco mais fundo que outros, mas todos continuam aqui.
Uma pena não viver saudável por duzentos anos.

E o futuro? Aaargh! Como me repulsa!
É medonho! Me abomina esse demônio!
Não acho que eu seja o único a ser assombrado por esse maldito fantasma, mas poucos o dizem.

E as faculdades? Não sei se estou pronto. Sinceramente não sei.
Todo mundo fazendo algo da vida, os que pregam a liberdade, e os que se entregam mesmo de corpo e alma ao Deus Dinheiro. Todos.

E as coisas simples? Siiim! Tem a saudade das coisas mais simples e perfeitas do mundo: Amizades.
Algumas acabaram por culpa do tempo e distância, outras eu mesmo joguei fora, e dentre elas, me arrependo amargamente de uma em especial. Como queria aquele tempo de volta!
E pro inferno com qualquer um que disser agora que aquele tempo bom não volta nunca mais!
Eu vou fazer voltar! Ah se vou!

Pago por todos os meus erros, mas a dor me moldou, me fez ser melhor. Um dos famosos males que vêm para o bem.

Pra ser sincero comigo mesmo, não sei se foi bem um erro. Me arrependo é de não ter aberto o jogo antes e acabado com tudo, ou começado algo maravilhoso.

Às vezes faz falta ter um cabelo pra afagar e tudo. É natural.
O problema é ter passado tanto tempo e a coisa não ter mudado, muita sacanagem do destino.
Mas dessa vez tudo vai ser tranquilo, tudo vai ser bonito, e se tiver que afagar algum cabelo, não vou impor isso a mim mesmo.

Uma pena a vida não ser um romance inglês do século XIX.

Alguém sabe explicar como é que é possível sentir saudades de algo que não se teve?
Falsa nostalgia, sei lá.
Pegadinha da vida. Brincar com coisa séria é a única graça, e a única escapatória.

E os novos sonhos? Nossa, são lindos! Mas é interessante como os antigos voltaram a me atrair.
Impressionante, mesmo!

E algumas decepções com as personalidades que tornaram-se de repente novas. Tsc!
Felizmente alguns novos anjos vieram pra me apoiar. Sinto uma imensa gratidão, amor e carinho por um em especial.
Uma amizade tão bonita quanto é possível.

Eu sei que me falta ainda uma coisa, e sei bem que não é assim tão difícil.
Mas, não sei, acho que com relação a isso eu estou fora dos padrões humanos.
Eduardo Pataca ataca novamente? Sim, mas o alvo é antigo.

Acredite, por vezes eu mesmo não queria estar em minha pele.