Ai um dia eu acordei, e percebi que eu passei 18 anos planejando tanto, que eu não tive tempo pra cumprir o planejado. Porque afinal de contas, eu tinha que zelar pela minha aparência, - não a física, a social - e de tanto pensar em como eu ia parecer aos olhos dos outros, eu deixei tudo pra lá e ninguém reparou em mim.
Damn! É difícil viver!
Se resolvo curtir a vida, eu sou imprudente; se planejo, sou quadrado; se falo, sou estúpido; se espero, eu multiplico a massa conformista.
E quando eu tentei ser diferente percebi que isso estava na moda, e a moda era odiada por muitos, o que acabou se tornando tão popular, que passou a ser a nova moda. Então de que adiantava mudar o cabelo? Quando tentei ser compreensivo com quem gostava, virei amigo, quando disse o que sentia, disseram-me que confundi as coisas! Tentei não ser tão reservado, tentei ser mais atirado, mas aí eu vi que mesmo sendo esse o principal requisito, eu não estava disposto a cumpri-lo. E quando eu resolvi me abrir, me disseram pra não ser tão patético! Quando resolvi o que queria pro resto da vida, não o fiz por mim, e quando dei um passo para trás, me disseram que eu tinha medo do futuro! Que não era forte o suficiente, e que não ia conseguir nada assim. Quando decidi então o que eu realmente queria, me disseram que era fútil, e quando cansei de dar ouvidos à toda e qualquer boca, me disseram que eu era inconsequente, e antes disso, quando planejava tudo, eu era certinho demais!
Estava fora dos parâmetros de sanidade por ser normal demais! Tentei escrever coisas legais pra parecer legal, mas me disseram que o bom mesmo era ser autêntico. Quando resolvi ser autêntico, descobri que minha criatividade não aguentaria tanto, e que a autenticidade é uma mentira; e revendo tudo dá pra perceber que as opiniões são geralmente aleatórias, e quase sempre contraditórias! E então, eu resolvi escrever um montão de coisas, pra todo mundo ver, e ninguém ler. E assim eu encontro a contradição de novo, mas quer saber? Eu to pouco me fodendo! ;D
você é muito é radical
ResponderExcluirPelo menos, de uma coisa é certa: você sabe escrever! Tirando o "estou pouco me fodendo", o resto mostra o quanto, nesta sociedade pré-fabricada, temos que ser aquilo que quer que sejamos. Seja o pai, que sonha que o filho seja médico, seja a mãe, que sonha que a filha seja bailarina, sempre foi assim. E, aqueles que tentam ser diferentes, só lhe sobram "a fogueira" da inquisição disfarçada de preconceito, racismo e discriminação.
ResponderExcluirGostei muito do seu post. Continue sendo autêntico, você mesmo! Abração, fera.
Parabéns pelo texto... já tive dezoito anos, faz só dez.
ResponderExcluirMas eu tentei ser aquilo que eu nunca fui e me ferrei muito...
Vivi praticamente cada palavra que você escreveu, não foi fácil, mas foi no meio desse turbilhão chamado vida e depois de tanto tombo que levei, as vezes por causa de outros, as vezes por minha propria, é que descobri ser eu mesmo, quem sabe ser, autentico.
É, acho que seria essa a palavra, eu sou eu mesmo e ponto final.
E quer saber de uma coisa, nunca fui tao feliz em toda a minha vida.
Abraços e obrigado por me fazer lembrar quem um dia eu fui.
Edu, caralho de texto, heim? Perfeito como tudo oq ue vc escreve! Ent�o vai tomar no meu cu.
ResponderExcluirGostei mto tb da parte que vc fala da moda, que est� na moda n�o estar na moda, cara! vc falou tudo!
Parab�ns e meu, n�o parei e n�o deixe te pararem nunca tah?
:*
Pega na minha benga!
ResponderExcluirMenino do caralho!
♥
Carpem Diem amigo u_u
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