Transcrever emoções, sentimentos, passado, futuro ou desejos, é viver - ou reviver - tudo o que há de melhor.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Érica Paciente

Invadiu seu espaço por diversas vezes. Fingiu não perceber nada, fez de conta, acalmou-se, mas agora não era mais possível. Roubou-lhe dois amigos, tentou roubar-lhe outro mais, e não obteve sucesso. Obteve, aliás, resultado contrário: Possuía agora dois inimigos.
Érica cerrava os punhos ao pensar em Yago. Era uma parte de seu passado da qual odiava lembrar. Érica amava o passado, mas Yago era uma exceção. Odiava-o com todas as suas forças. Ele agora fazia novas investidas contra seu presente. Tentava aparecer em suas fotografias e roubar novos e velhos amigos.  E a irritava profundamente. Crescia seu ódio, seu punho cerrava mais, suas mandíbulas rangiam, seu peito ficava pesado, soltava três palavras e um riso de escárnio. O nome de Yago soava em seus ouvidos como gritos desesperados de crianças. A coisa que ela mais odiava.

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