Invadiu seu espaço por diversas
vezes. Fingiu não perceber nada, fez de conta, acalmou-se, mas agora não era
mais possível. Roubou-lhe dois amigos, tentou roubar-lhe outro mais, e não
obteve sucesso. Obteve, aliás, resultado contrário: Possuía agora dois
inimigos.
Érica cerrava os punhos ao pensar
em Yago. Era uma parte de seu passado da qual odiava lembrar. Érica amava o
passado, mas Yago era uma exceção. Odiava-o com todas as suas forças. Ele agora
fazia novas investidas contra seu presente. Tentava aparecer em suas
fotografias e roubar novos e velhos amigos.
E a irritava profundamente. Crescia seu ódio, seu punho cerrava mais,
suas mandíbulas rangiam, seu peito ficava pesado, soltava três palavras e um
riso de escárnio. O nome de Yago soava em seus ouvidos como gritos desesperados
de crianças. A coisa que ela mais odiava.
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