Transcrever emoções, sentimentos, passado, futuro ou desejos, é viver - ou reviver - tudo o que há de melhor.

domingo, 10 de junho de 2012

A mentira


Me dei cinco minutos para ser criativo e arquitetar um conto. Bem, lhes conto que acordei quarenta e cinco minutos depois sem ideia alguma e com descomunal preguiça.

Resolvi, então, abandonar a ideia inicial. Chega de contos de trinta minutos, chega de impressionar ninguém e chega de querer comparar nossas literaturas. Aliás, há tempos não a faço com sinceridade. Tenho medo de parecer com poetas que muito odeio.

Hoje não falo de seu corpo bem feito e tampouco de pensamentos do tal Ricardo Mendes. Hoje não existe Tainá sequer em nossos pensamentos. Nem Camila e nem Donald. Hoje a escrita é sobre nada. Não há eu lírico feminino e tampouco culto à tua boca.
Abandonei minhas musas, minhas semideusas, recusei o abraço de seu cérebro e de seus braços bem lapidados. Reverenciei a acentuação, tropecei na língua estrangeira, e mantive uma conversa com ninguém mais que ninguém.

Pisquei à loucura, convidei-a, escondi o sentido e não quero me recordar do esconderijo. Menti outra vez e fingi a verdade - compulsão deliciosa - e o fiz pensando em tua boca e em teu corpo bem feito. Abandonei a escrita, creditei tudo à insônia e ainda assim deixei o sentido de fora. Não há porquê. Quiçá Dadaísmo. Queria mesmo é que fosse feito com minhas iniciais. Me contentei com o que não criei e menti novamente. Mas juro que não há porquê explícito. Nada além de uma tentativa de impressionar o que não conheço.

(Deixar gravado o que não é)

Te desejo uma boa noite e ainda mais que isso: te desejo. Furei o objetivo principal pra fechar o texto. Mais uma mentira que você terá de perdoar. Enganado estás se acreditou no papo de metalinguística.

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